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Artigos, Artigos sobre Direitos Animais.

Como diz o velho ditado, a união faz a força

… e em um movimento que busca cada vez mais ascensão e propagação de seus FATOS, isso não poderia ser diferente.

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A fraternização permite que o movimento se fortaleça, ela permite uma comunicação horizontal, que resulta em conhecimento para todos, permite quebrar as barreiras e obstáculos que principalmente os novos integrantes enfrentam, promovendo mais facilidade no encontro de respostas e recursos para as ações, com isso, cria cada vez mais maturidade entre os ativistas, facilitando atingir os objetivos que são únicos; as lutas e, de modo consequente, suas vitórias acontecem com muito mais agilidade e eficiência, e conquistam resultados mais otimistas para a abolição das diversas formas de exploração animal existentes, ao invés de cada um dos coletivos ou organizações lutando de forma isolada pelo mesmo ideal.

Fato é que, com exceção de grupos bem-estaristas e neo-bem-estaristas, que não são favoráveis aos Direitos Animais e sim à interesses humanos e de grande corporações, os demais de cunho abolicionistas devem buscar união, trocar suas experiências, atuar de forma simultânea e conjunta em campanhas locais, estaduais, nacionais e até mesmo globais.

E a importância de um movimento unido não se faz somente pela troca de experiências, informações e amadurecimento do mesmo, mas em nosso caso, também para articular juntos limpando a sujeira e os malefícios causados por aqueles que deturpam ou confundem a sociedade sobre o que de fato são os Direitos Animais, o Veganismo e o Vegetarianismo e também para arrumarmos a bagunça de outras pessoas que fazem a distorção de questões importantes do meio vegano sem perceber, de forma não intencional, por que aprenderam errado com aqueles que fazem as distorções intencionalmente.

Essas pessoas que foram enganadas acabam compartilhando e perpetuando, por exemplo, as falas polidas, sedutoras e políticas, antropocêntricas ou misantrópicas, daqueles que distorcem conceitos fundamentais dos Direitos Animais e que ainda ostentam uma imagem de “bons mocinhos” perante a sociedade, infelizmente, puro marketing, geralmente esses grupos conservadores estão compostos em suas maiorias pelos famosos adeptos da corrente bem-estarista e flexitariana (que relativiza a exploração dos animais e quer manter o status quo).

Esses conservadores que por motivos capitalistas, antropocêntricos, especistas ou seus apoiadores que por total ingenuidade (falta de conhecimento do que dizem e fazem) acabam criando uma imagem equivocada da luta pelos animais e é exatamente aí que um movimento social organizado e preparado pode e deve agir, mostrando a sociedade os fatos consistentes e a incoerência da exploração e do discurso, da prática e “resultados” do bem-estar animal e do flexitarianismo, e ao mesmo tempo, retirando aqueles integrantes bem intencionados das amarras do neo-bem-estarismo opressor, trazendo essas pessoas de bem para nosso lado ou até mesmo atuando de forma preventiva, impedindo que novos ativistas que surgem sigam o caminho trágico do flexitarianismo e do neo-“bem-estarismo” antes que as organizações dessa linha de atuação (focada na fidelização e capitalização de associados), os seduzam com suas falácias e mentiras, encoberta com discursos maquiados de “paz e amor”.

É comum, membros dessas organizações acreditarem fielmente que estão ajudando os animais, não fazendo ideia de que estão representando algo que não condiz com os seus próprios valores pessoais (justiça, liberdade, direitos) e que consequentemente não condiz com aquilo que os animais precisam: abolição do especismo e antropocentrismo.

Os animais não conhecem a paz, os animais não conhecem o amor, e se você é um ser realmente preocupado com os animais e que luta por justiça, por respeito, por direitos, pela paz e/ou amor, você tem o compromisso moral de conhecer e saber fazer as devidas distinções entre esses diversos grupos infiltrados no movimento pelos Direitos Animais que tanto causam indignação e que certamente causariam indignação aos próprios animais se eles pudessem compreender as alianças antropocêntricas feitas por aqueles “veganos” que dizem ser “representantes dos animais”.

A união vem então não somente como forma de unir forças físicas e intelectuais e dar volume e eficiência as ações, mas também para unificar e propagar o pensamento abolicionista, o pensamento EM DEFESA DOS INTERESSES E DIREITOS ANIMAIS que luta pelo FIM de TODA escravidão animal em meio a todo reacionarismo e comodismo que ora impera.

É importante dizer também que um diálogo entre “abolicionistas x neo-bem-estaristas” é importante, pois há alguns casos onde essas organizações neo-bem-estaristas podem apoiar algumas lutas animalistas – elas também geralmente só apoiam aquelas lutas onde identificarem que existe um forte apelo popular (foie gras, circos com animais, vaquejadas, etc) e que isso não irá atrapalhar a capitalização financeira delas – e nesses casos é importante que tenhamos o diálogo como ferramenta estratégica.

* Este artigo também pode ser válido, feito os devidos recortes, para diversos outros movimentos de justiça social que enfrentam grupos destoantes das propostas básicas de cada movimento, e lembre-se se a união faz a força, a desunião só pode significar o contrário. Uni-vos veganas e veganos abolicionistas em prol dos Direitos Animais!

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