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O Feminismo é a ideia radical de que mulheres tem direitos

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Nada mais, nada menos do que um protesto criado para dizer que as pessoas (mulheres) são donas de seu próprio corpo e pensamento e não devem e não vão seguir regras impostas a sociedade patriarcal e ao pensamento machista como um todo.

Na realidade, a origem da marcha das vadias, começou em janeiro de 2011, a Universidade de Toronto registrou muitos casos de abuso sexual em mulheres no Campus.

A aluna Jaclyn Friedman foi violentada por colegas da faculdade em uma festa, mas nunca chegou a dar queixa, pois muita gente dizia que ela era culpada pelo ocorrido, pelo fato de estar na festa, por estar bebendo, por se vestir diferente do convencional, isso tudo, segundo Jaclyn fez com que ela desistisse.

Os agressores, inicialmente foram expulsos da faculdade, mas acabaram readmitidos e impunes, diz ela. O episódio, que aconteceu há quase duas décadas e marcou a vida da escritora e ativista feminista, pois hoje Jaclyn Friedman é uma das fundadoras da CounterQuo, e escritora de Yes Means Yes: Visions of Female Sexual Power and a World Without Rape.

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Depois dos acontecimentos, um policial orientou como medida de segurança que “mulheres evitassem se vestirem como putas para não serem vítimas”. Depois disso, 3.000 pessoas foram às ruas no Canadá protestar contra a culpabilização de mulheres envolvidas em episódios de violência sexual. Assim, nasceu o movimento internacional Slut Walk (em português Marcha das Vadias) que rapidamente se espalhou por dezenas de cidades no mundo.

A breve descrição acima chama atenção para a primeira versão brasileira da Marcha das Vadias que aconteceu em julho do ano passado em São Paulo. No Brasil, assim como no âmbito internacional, essa iniciativa repetiu-se em várias cidades como Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte, dentre outras. Nas diversas versões destes protestos contra a violência de gênero, o termo “vadia”, foi deslocado e (re) apropriado de maneira criativa ao borrar os limites normativos que constroem a figura da “mulher estuprável”. Ao saírem às ruas, mulheres e homens ao invés de dizerem: “Cuidado para não ser estuprada”, disseram: “Não estupre!”.

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