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Quem nunca ouviu falar do Saci-Pererê? Quem já viu? Desde a infância, em algum momento, todos nós tivemos referências sobre esse ser fantástico pertencente ao Folclore do Brasil. Têm aqueles que juram, de pés juntos, que já viram um sujeitinho de cerca de 50 cm, gorrinho vermelho e pulando em uma só perna: a esquerda.

Mas por que a perna esquerda e não a direita? Muito bem! Partindo do conceito de que tudo o que vem do lado esquerdo se refere ao lado da energia negativa (todos nós temos o positivo e o negativo) os folcloristas consideram que o tal personagem fantástico, se existe, atua nessa vibração. Nisso também concordam os pesquisadores de sacis.

Certamente, o personagem Saci-Pererê é o mais famoso do panteão brasileiros no elenco dos entes sobrenaturais. De assustador a brincalhão, do mal ou apenas da diversão, o saci tem várias faces, assim como diversos nomes dependendo de cada região: saci-cererê, martim pererê, saci-saçurá, ou saci-trique.

Acredita-se que tenha sua origem na cultura de povos indígenas da região Sul do Brasil. Entre os guaranis, havia a história de um ser mágico que podia ficar invisível. É representado desde a época colonial como um garoto indígena de cor morena, pernas defeituosas e que por isso, manquitolava. Sua missão era viver no bosque, protegendo a mata e a flora contra os caçadores e predadores. Seu nome é Cambay, daí surgiu o termo “cambaio” pra todo aquele que é manco.

No entanto, o Saci Pererê sofreu transformações em sua imagem desde que o mito começou a se alastrar para as demais regiões do país. Aos poucos, sua imagem ganhou contornos de outra etnia e passou a ser associada à cultura Afro-Brasileira.

A luta para preservar as manifestações e tradições populares nesse país de tamanha riqueza e diversidade cultural é inglória contra a imposição do mercado que tenta, com todo o tipo de artifício, tingir de roxo o dia 31 de outubro do brasileiro com vitrines decoradas por abóboras iluminadas.

Gostosuras ou Travessuras? A própria classe educadora brasileira dá a impressão de ter se rendido ao imperialismo imposto pela América do Norte. Uma lamentável fratura no conteúdo cultural brasileiro, que deveria estar sendo disseminado, capacitado a defender suas raízes e não, como vem ocorrendo, sendo sufocado deliberadamente.

E não pela falta de ‘entes’ que nos envolvem como ‘infantilmente’, ‘inconscientemente’, ‘bovinamente’ e outros mais, penso que assim devo concluir: Infelizmente!

E quem veio de vassoura, pelo menos varra o chão!

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O texto é interessante, porém, vale ressaltar que divulgamos não em um intuito patriotista, zelamos pelo bom senso e temos que ser imparcial em certos momentos, respeitando opiniões favoráveis e contrárias, porém, não podemos também aceitar de braços abertos a cultura americana e deixar de lado o nosso folclore, vamos zelar pelo equilíbrio!

Fonte: AgoraVale

 

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