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Polvos, lulas, camarões, carangueijos e lagostas sentem dor

Um estudo realizado recentemente na Universidade Centro de Ciências da Saúde de Houston, no estado do Texas (EUA), chegou a conclusão que os animais que fazem parte do grupo dos cefalópodes (do grego “kephale”, cabeça + “pous”, podos, pé, são a classe de moluscos marinhos), como chocos, lulas e polvos, são animais sencientes, ou seja, são capazes de sentir sensações como a dor.

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O trabalho desenvolvido pelo cientista Robyn Crook, relatou a existência de nociceptores – se refere aos sinais que chegam ao sistema nervoso central resultante da ativação dos receptores sensoriais, denominados nociceptores, que fornecem informações sobre a lesão ocasionada por estímulos nocivos.

Polvos
O estudo também mostrou que os polvos demonstram muito do comportamento relacionado com a dor, como a proteção da parte do corpo que foi ferida, os animais também estão mais dispostos a recuar e esguichar sua tinta quando tocados próximos a sua ferida.

 

Lulas
A Lula possui uma resposta diferente em relação a dor, após ser ferida em sua barbatana, seus nociceptores se ligam não só na região machucada, mas em boa parte de seu corpo. A conclusão que se segue é que a Lula não seja capaz de identificar o ponto exato do machucado, com isso é “emitido” um alerta de proteção para toda uma região. Seus tentáculos não conseguem chegar a todas as partes de seu corpo, o que os impede de cuidar de algum ferimento.

 

Camarões, caranguejos e lagostas
A pesquisa ainda complementa um trabalho anterior feito pelo cientista Robert Elwood, professor de comportamento animal da Universidade de Queen, em Belfast, na Irlanda do Norte. O estudo mostrou que caranguejos e lagostas provavelmente também sentem dor:
Segundo o pesquisador, caso seja aplicado um breve choque elétrico a uma parte de um caranguejo, ele irá esfregar o local por um longo período com suas garras.

– Camarões jovens, lagostas e caranguejos são capazes de contorcer seus membros em posições incômodas para alcançar as lesões. Esse comportamento envolve claramente o sistema nervoso central – diz Elwood em entrevista à publicação “Popular Science”.

Ainda segundo os pesquisadores, é razoável concluir que, se pequenos crustáceos podem sentir dor, o mesmo pode acontecer com alguns insetos – que podem ter sistemas nervosos de porte semelhante.

Nota da Redação: O estudo é importante como um fator comprovante de que esses animais são sencientes, porém, é triste saber que esses animais passaram por sofrimento para comprovação de algo óbvio. Veja a opinião de um especialista no assunto, o biólogo antivivissecção Sérgio Greif, no artigo “No Limite da Senciência“.

Fonte: Ciência – Globo

 

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