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Um protesto de estudantes contra a reforma no Código Florestal terminou com um deles agredido e algemado por seguranças do Senado nesta terça-feira.

O aluno de geologia da UnB, identificado apenas como Rafael, tentava intervir numa briga entre um colega e um dos seguranças na porta da Comissão de Constituição e Justiça, quando foi agarrado pelo pescoço e arrastado.

Após a “gravata”, Rafael levou um tiro de uma pistola de choque (“Taser”) e desmaiou.

Sérgio Lima/Folhapress
Estudante Rafael levou um tiro de uma pistola de choque ("Taser") de um segurança do Senado durante protesto

Estudante Rafael levou um tiro de uma pistola de choque (“Taser”) de um segurança do Senado durante protesto

Foi levado para uma sala da Polícia Legislativa. A senadora Marinor Brito (PSOL-AM), que acompanhou a detenção, afirmou que Rafael estava algemado.

Um porta-voz da Polícia Legislativa afirmou que os seguranças foram agredidos pelos estudantes com socos. “É melhor usar [o “Taser”] do que trocar socos, não acha?”

O episódio aconteceu por volta de meio-dia. Às 14h30, Rafael seguia detido, prestando depoimento.

O protesto estudantil começou por volta das 11h, quando cerca de 15 estudantes se juntaram na porta da CCJ.

Aos gritos de “desliga a motosserra!” e “academia se manifesta para manter em pé a floresta”, os estudantes exigiram entrar no plenário, onde se reuniam as comissões de Ciência e Tecnologia e de Agricultura para votar o relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC).

Um deles, que se identificou apenas como André, afirmou que parte do grupo esteve também no piquete que tentou impedir, nos últimos dias, a retomada das obras do Setor Noroeste, novo bairro de Brasília. As obras são contestadas por índios.

A votação nas comissões terminou com a aprovação quase unânime do relatório de Luiz Henrique. Uma manobra regimental proposta pelo senador Waldemir Moka (PMDB-MS) permitiu que os destaques de alguns senadores ao texto fossem votados em bloco, numa sessão marcada para amanhã.

Após a votação, os estudantes se concentraram na porta da CCJ, chamando os senadores que saíam de “vendidos à bancada ruralista”, “não nos representa, não” e tentando colar cartões vermelhos nas paredes. Foi quando começou a confusão com os seguranças.

Fonte: FolhaSP

 

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