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Este homem é supostamente um espião do SeaWorld

Quando Thomas Jones apareceu em cena na causa animal, em 2012, ele pareceu extremamente devotado à causa, especialmente aos mamíferos marinhos cativos.

Jones supostamente se inseriu em San Diego – área que preocupa os ativistas animais pelo nocivo programa de reprodução em cativeiro do SeaWorld. PETA contou ao Bloomberg News que ele parecia especialmente dedicado a impedir que o SeaWorld continuasse a manter mamíferos marinhos em tanques durante toda a sua vida.

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Ele participou de reuniões sobre Direitos Animais, protestos pacíficos no SeaWorld e supostamente postou mensagens irritadas em suas redes sociais.

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“É hora de uma ação direta contra o #seaworld Estou cansado de #fireworks. Eu preciso encontrar um jeito de pará-los pessoalmente. Estou chegando…”
“Blackfish vai por #SeaWorld fora dos negócios. Se não fizerem, os manifestantes vão queimá-los ao chão.”

Sim, Jones parecia veementemente um extremo ativista, exceto por uma coisa: Todo este tempo, Thomas Jones era um funcionário do SeaWorld.

“Havia um número de bandeiras vermelhas relacionadas a esse indivíduo. Qualquer genuíno ativista animal não está em sua rede social dizendo coisas como “queime o SeaWorld e drene seus tanques”, Lindsay Rajt, porta-voz do PETA, diz ao Dodo.

Na terça-feira, a organização Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA) acusou “Jones” de ser Paul T. McComb, um funcionário do RH do SeaWorld de San Diego.

O SeaWorld não respondeu diretamente às questões do site de notícias Bloomberg sobre o trabalho de McComb com a companhia e o próprio McComb enforcou-se na organização de notícias quando foi perguntado sobre “Thomas Jones.”

Numa história de espionagem digna de um livro “pulp” best-seller, “Jones” declaradamente infiltrado no time de ação do PETA, dando informações falsas, como dois endereços diferentes, sendo que um deles não existe. “O segundo, uma caixa dos correios em San Diego foi registrada para Ric Marcelino, diretor de segurança no SeaWorld de San Diego”, PETA disse na terça-feira, em uma declaração ao Dodo.

McComb tentou repetidamente incitar ativistas animais a agir ilegalmente, declarando que era hora daqueles que protestam contra o SeaWorld “ficarem um pouco agressivos”, se envolver em “ações diretas”, “agarrar seus ancinhos e tochas” e soprar os megafones fora da casa dos vice-presidentes do SeaWorld à noite. Ele também organizou um protesto de “ação direta” – publicidade é tão “mais excitante que apenas segurar as mãos” – apenas para falhar em aparecer na manifestação.

De acordo com a investigação do PETA, “Jones” perguntou por informações sobre os protestos contra o SeaWorld e até foi preso durante uma manifestação em 2014. Um ativista chamado Hail Weiss, que se sentou na mesma van policial que “Jones”, confirmou ao Bloomberg que “Jones” era o mesmo homem que McComb. Mas depois de sua prisão, “Jones” simplesmente desapareceu e seu nome nunca apareceu nos registros de prisão.

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“Nós estamos focados na segurança dos membros do nosso time, convidados e animais e, além disso, nós não comentamos sobre nossas operações de segurança”, disse Fred Jacobs, porta-voz do SeaWorld em uma declaração segunda-feira.

“Esta é uma responsabilidade que encaramos com seriedade, especialmente, pois os grupos de direitos animais vêm se tornando cada vez mais extremos em sua retórica e tática”.

Uma reivindicação interessante de uma corporação cuja estratégia de publicidade renovada – depois das consequências do documentário de 2013, “Blackfish” – envolve uma campanha de “verdade”, supostamente devotada a prover informação a um público cada vez mais preocupado.

“Este é apenas outro marco ruim para o SeaWorld. Eles entraram para tentar encorajar pessoas compassivas a fazer coisas violentas,” disse Rajt. “É apenas uma marca real de desespero; esta companhia não pode defender suas práticas cruéis”.

“SeaWord sabe que o público está rejeitando suas prisões cruéis para orcas e está tão desesperado que criou uma campanha de espionagem corporativa”, disse Lisa Lange, vice presidente sênior do PETA.

Ao Invés de criar um departamento de truques sujos, SeaWorld deveria investir estes recursos em libertar as orcas em santuários costeiros”.

SeaWorld não respondeu imediatamente ao comentário do Dodo. Dias depois, a empresa alegou que está averiguando a denúncia e que afastou temporariamente o seu funcionário da empresa, isentando-se da responsabilidade e fingindo não estar envolvida com as ações de “Jones”.

 

Nota do Portal Veganismo: Acontecimentos como esses servem para mostrar a sociedade a verdade sobre os exploradores de animais como a SeaWorld, o quanto estão desesperados, e focados em desvirtuar e desestruturar os movimentos sociais para consolidar os seus objetivos econômicos. Infiltrando-se em organizações para causar o máximo possível de estragos e confusões, desde passar informações estratégicas de dentro (PETA) para fora (SeaWorld), como provavelmente deve ter acontecido, provocar conflitos entre os próprios ativistas e tentar impulsioná-los a infringir a lei.

“Thomas Jones” e a SeaWorld deveriam sofrer as penalidades sobre esse crime.

Essa armação feita pela SeaWorld serve também para mostrar aos ativistas da causa animal que devem abrir mão da ingenuidade e da visão poética do mundo e da própria luta. Atuar com mais seriedade e responsabilidade. Não deve se perder a esperança de um mundo melhor, mas não deve se atuar com base na ficção e sim na realidade, que em nosso país é triste e dura, com boa parte dos ativistas sendo perseguidos e, por vezes, assassinados por lutarem por justiça, liberdade e direitos.

Sociedade: não visite os aquários, circos e zoológicos. Pratique o respeito aos animais (Veganismo).

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