A ave Cigana representa a Sociedade Vegana
Há grupos de vegetarianos que utilizam como símbolos animais como vacas, cavalos, porcos, galinhas ou peixes.
Esses animais representam grande parte dos animais explorados nos sistemas de exploração, e é por eles em grande parte que lutamos, mas esses animais não simbolizam os vegetarianos em si. Se há um animal (ou vários animais) que simboliza os vegetarianos, este animal deve ser um herbívoro que pertence a grupos de animais não-herbívoros, pois ele é, simbolicamente, como a maioria dos vegetarianos e veganos, que nascem em famílias não-vegetarianas e adotam o vegetarianismo.
Neste sentido a ave cigana (Opisthocomus hoazin), com sua forma peculiar e bizarra, lembrando um pouco uma ave de rapina, um faisão ou um jacu, preenche bem este propósito. O que torna a cigana a melhor representante animal do vegetarianismo são seus hábitos alimentares. Consumidor principalmente de folhas (mais de 80% de sua alimentação), a ave consome também flores e frutos de aninga, siriúba e das plantas que crescem nas áreas alagadas e ribeirinhas dos rios onde habita (bacia do Amazonas e do Orinoco), como os aguapés. Autores que descrevem sua dieta reportam que se há algum consumo de insetos ou outros produtos de origem animal ele é puramente acidental.
A Cigana possui adaptações em seu sistema digestório (um papo proporcionalmente maior que o encontrado em outras aves, que representa 50 vezes o volume de seu estômago, e dividido em duas câmeras) que lhe permite lidar com a matéria vegetal grosseira e os compostos aromáticos das folhas, à semelhança do que ocorre nos herbívoros que possuem um ceco aumentado e dos ruminantes, com seu estômago dividido em 4 diferentes câmeras de fermentação.
Uma ave genuinamente ‘vegetariana’, eis o simbolo adotado pela Sociedade Vegana.
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