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Otimismo.

Cavalos não são veículos, cavalos são indivíduos!

Dezesseis cavalos foram recolhidos em uma operação que finalizou as atividades de passeio de charrete e cavalgada próximo ao lago de Nogueira, em Petrópolis, Região Serrana do Rio, neste sábado (14).

Os animais apresentavam sinais de maus-tratos e o serviço era prestado sem conformidade com a lei. A ação foi motivada após um animal morrer às margens do lago no último domingo (8), segundo informações do Portal G1.

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“Todos os cavalos estão sendo levados para o curral de resgate e vão passar por uma avaliação detalhada, pois alguns deles apresentam sinais de desidratação, feridas abertas, carrapatos, emagrecimento e ausência de ferrageamento adequado. Além disso, nós também vamos vistoriar os locais onde os cavalos ficam instalados e os pastos, a fim de avaliar se as condições gerais estão adequadas para que sejam tomadas as providências necessárias”, informou a coordenadora de Bem-Estar Animal, Rosana Portugal, que realizou a ação junto com a Coordenadoria de Fiscalização da Secretaria de Fazenda, Guarda Civil e Polícia Militar.

Os responsáveis foram intimados a encerrar imediatamente as atividades. Eles não possuem alvará de funcionamento nem um espaço adequado para a acomodação dos animais durante o serviço, o que implica em risco de saúde pública devido à exposição a moscas e carrapatos.

Caso haja retorno das atividades, os responsáveis irão responder criminalmente. Os responsáveis pelos animais foram encaminhados à 105ª Delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos. Os guardiões de cavalos vítimas de maus-tratos responderão pela ocorrência.

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Nota do Portal: A sociedade antropocêntrica e especista tem em sua relação com os animais atitudes prejudiciais a eles em vários níveis, até mesmo quando se deseja ajudá-los.

Podemos notar em dois pontos dessa matéria que os animais somente foram salvos, pois “apresentavam sinais de maus-tratos e não existia alvará para funcionamento” e “os cavalos expostos a moscas e carrapatos podem causar danos a saúde pública”, ou seja, se a exploração deles estivesse dentro dos termos da lei estaria sendo validada. Legalidade não é sinônimo de Justiça.

Além da problemática bem-estarista de sempre, onde o uso do animal é permitido, desde que ele não seja muito maltratado, ainda é alegado que o problema de escravizar cavalos para puxarem charretes não é motivado pelos interesses e direitos desses animais e sim para não causar problemas de saúde aos humanos que se aproximarem do local.

A desconstrução diária do antropocentrismo é parte contínua da luta pelos Direitos Animais. Reflita.

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