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Taioba é rica em cálcio, ferro e fósforo

Quem anda por Ubatuba prestando atenção nas plantas com certeza já viu muitas folhas de taioba.

A planta de nome científico Xanthosoma sagittifolium é bem adaptada ao clima tropical, quente e úmido. Suas enormes folhas são comestíveis, ricas em minerais como ferro, cálcio e fósforo. Algumas características ajudam a reconhecer a planta, mas na dúvida não se deve comer, pois há espécies com folhas muito semelhantes, mas que são tóxicas e perigosas.

A folha da taioba comestível é inteira verde, folha e talo. Folhas de plantas semelhantes com talo roxo, portanto, não devem ser ingeridas. Além disso, a folha que pode ser consumida possui uma espécie de linha contornando toda sua borda, e as folhas se fundem exatamente no talo, segundo informações do Informar Ubatuba.
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O preparo da folha de taioba é simples. A folha não pode ser consumida crua, por causa da concentração de oxalato de cálcio, presente em quantidade que pode ser eliminada com o aquecimento. Recomenda-se utilizar folhas novas, que devem ser bem lavadas e cortadas em tiras. Os talos também podem ser cortados em pedacinhos e fervidos com as tiras por três minutos. Depois é só retirar a água e temperar. Também pode-se apenas refogar muito bem e temperar as folhas, sem necessariamente fervê-las na água. O aspecto macio e sabor suave da taioba faz dela uma verdura versátil, que pode ser usada como incremento em molhos, recheios de tortas e salgados.

“A gente planta, mas também nasce no mato. No verão as folhas ficam mais graúdas, no inverno mais pequenininhas, mas sempre tem, direto”, conta a produtora rural do Ubatumirim, Dalva Aparecida dos Santos.

“Antes a gente via mais, agora desapareceu um pouco a taioba”, observa.

O cultivo da taioba é feito por meio de rizomas (raízes), provenientes de plantas maduras e saudáveis, em solo fértil, bem drenado e rico em matéria orgânica.

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Quem anda por Ubatuba prestando atenção nas plantas com certeza já viu muitas folhas de taioba. A planta de nome científico Xanthosoma sagittifolium é bem adaptada ao clima tropical, quente e úmido. Suas enormes folhas são comestíveis, ricas em minerais como ferro, cálcio e fósforo. Algumas características ajudam a reconhecer a planta, mas na dúvida não se deve comer, pois há espécies com folhas muito semelhantes, mas que são tóxicas e perigosas.

A taioba é abundante na região, mas ao descobrir essa fonte de alimento não se deve adotar um comportamento predatório, ou a população da planta entraria rapidamente em declínio. Como todo alimento de fonte extrativista, deve-se respeitar os limites da planta, tendo paciência e não arrancando todas as folhas de uma vez. E sempre que possível plantar.

Amiga das frutas
De acordo com pesquisadores da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) instituição vinculada à Universidade de São Paulo (USP), a taioba é ótima para ser plantada consorciada ao café e a frutíferas como bananeiras e pés de frutas cítricas.

Além disso “em locais onde se planta o cacau, a taioba pode ter um papel significativo na recuperação do solo esgotado pela cultura. Se plantada durante um período de 10 meses, a cultura da taioba deixa o solo em ótimas condições, e o novo cacau poderá produzir ali tão bem como se fosse plantado em terreno virgem”, de acordo com o estudo “Desenvolvimento econômico, social e ambiental da agricultura familiar pelo conhecimento agroecológico”, realizado pela equipe da USP.

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